Caro (a) munícipe,

Cerca de um ano depois das eleições os principais problemas do concelho continuam a agravar-se.

As práticas pouco transparentes e antidemocráticas do passado permanecem bem vivas, a que acresce o discurso da “pesada herança” assumido e nunca desmentido pela atual maioria CDU.

Após 40 anos, os erros e os vícios continuam a levar Avis no rumo do retrocesso, do subdesenvolvimento e do atraso.

A título de exemplo, desde a tomada de posse, a Câmara já contraiu mais dois empréstimos bancários que totalizam cerca de um milhão de euros.

A maioria CDU prepara-se para aplicar uma fortíssima penalização no orçamento dos munícipes, designadamente no que respeita à água e taxas, sem que nada constasse no programa eleitoral.

Comparando as receitas com água e taxas em 2014 e as que estão previstas para 2015, estima-se um aumento do preço final em cerca de 140%, o que poderá representar, em média, 200 euros por família/ano. Isto no mesmo ano em que se recupera o famigerado Gabinete de Apoio ao Presidente, com todos os custos que isso representa.

Quer isto dizer que as famílias vão enfrentar um aumento sem precedentes do preço deste bem público essencial.

Contribui para este problema a irresponsabilidade da maioria CDU ao longo dos anos, porque enquanto os munícipes pagavam a água, honrando os seus compromissos, a câmara recebia esse dinheiro e não pagava às Águas do Norte Alentejano, gerando uma divida de cerca de 1 milhão de euros.

Vê-se e ouve-se a CDU a “encher a boca de esquerda”, usando expressões como “a defesa dos que menos têm e menos podem”. No entanto, é esta mesma CDU que não hesita, sem qualquer salvaguarda, em prejudicar os cidadãos, as famílias e as empresas.

Este orçamento, já aprovado, vem realçar os truques e manobras que só pretendem camuflar o estado de agonia das finanças locais, em que serão mais uma vez os mesmos a pagar os erros e desmandos de uma maioria sem projeto, sem ideias e sem rumo.